A visita de familiares aos prefeitos presos durante a Operação Tarja Preta gerou polêmica no Complexo prisional de Aparecida de Goiânia, onde estão detidos. Parentes de outros presos reclamam que o dia oficial de visita no Núcleo de Custódia é aos sábados, porém, os familiares dos políticos puderam visitá-los no domingo (20).
Os 11 prefeitos foram presos temporariamente na terça-feira (15), em uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Eles são suspeitos de participar de fraudes em licitações para a compra de medicamentos.
Leia também:
MP pede afastamento dos agentes públicos investigados na Operação Tarja Preta
“A gente vem aqui, se não é dia a gente não tem direito. Porque que eles vão ter?” questiona a auxiliar de serviços gerais Marlene Maria Barbosa. Para a dona da casa Isabel Braz Rodrigues, a resposta está na diferença da situação socioeconômica dos presos e seus parentes. “Eles têm regalias porque são ricos”, opina.
Os visitantes chegaram ao local às 9h e saíram por volta de 13h. Além da visita em dia diferenciado, os familiares não tiveram que fazer um cadastro prévio obrigatório aos visitantes, realizado nas agências do Vapt Vupt.
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) afirma que a visita foi autorizada porque faltava espaço na cela para todos os visitantes. Além disso, os familiares puderam entrar sem o cadastro prévio porque os presos seriam soltos no sábado (19). Porém, um dia antes do prazo expirar, as prisões foram prorrogadas por mais cinco dias. A Secretaria argumenta que, por isso, os parentes não tiveram tempo hábil para realizar o cadastro.
Ainda de acordo com a Sapejus, o procedimento é autorizado para familiares de qualquer preso na mesma situação. O órgão afirma ainda que só foram aprovadas as visitas de parentes de primeiro grau e apenas um familiar por preso.
Fonte: G1 Goiás